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sábado, 19 de junho de 2010

Uma manhã de sábado - trabalhando com papel machê

No sábado dia 19 de junho tive o privilégio de aprender a técnica de papel machê e também de moldar em papel machê com uma professora e amiga marivilhosa. A experiência de ateliê terapêutico com papel machê foi de muita alegria e muitas descobertas. Por isso queria dividir com quem se interessar que é muito bom trabalhar com essa técnica. A vivência: COM A LEVEZA DO PAPEL: re-significando dores ou padrões, modelando novas possibilidades por meio do papel machê*: papel picado, amassado, triturado, moído, esmagado e modelado, foi de um aprendizado que não tenho como descrever em palavras.

Oficinas

Propostas de Atelier terapêutico:

19/06 - COM A LEVEZA DO PAPEL: desmanchando dores e padrões, modelando novas possibilidades por meio do “papel machê”.
26/06 - PAPEL SOBRE PAPEL: Fortalecendo emoções a partir de mudanças, com “papietagem”. em julho - PAPEL SOBRE PAPEL: iluminando e colorindo as emoções. "Pátinas".


TRANSFORMAÇÕES: arte e emoção.
Proposta de Atelier terapêutico


Nestes encontros
arteterapêuticos
serão trabalhadas
a percepção, as sensações e as emoções, pela ação e transformação
dos meios artísticos.
explorando e redescobrindo os diferentes recursos expressivos desde o olhar da arteterapia.


Objetivos:
Dentro de um contexto arteterapêutico:
- experimentar compartilhar as múltiplas possibilidades de diversas técnicas artísticas,
- possibilitar a exploração dos sentidos,
- desenvolver a sensibilidade,
- tomar contato com materiais e novas técnicas plásticas desde um novo olhar,
aonde possam ser exploradas as emoções e os caminhos para a descoberta de si e do mundo que nos rodeia no caminho de crescimento pessoal.



Inaugurando esta Proposta:

Sábado 19 de Junho de 2010 de 9 a 12 hs
COM A LEVEZA DO PAPEL: re-significando dores ou padrões, modelando novas possibilidades por meio do papel machê*.
*papier mâchê: papel picado, amassado, triturado, moído, esmagado e modelado


Primeiro encontro:
Sábado 26 de Junho de 2010 de 9 a 12 hs
PAPEL SOBRE PAPEL: Fortalecendo emoções a partir de mudanças, com papietagem*.
*papier-collé, cartapesta, papel colado


Segundo encontro:
Julho
CORES NO PAPEL: iluminando e colorindo as emoções nas pátinas* sobre texturas de papel.
*Sobreposição de produtos sobre superfície para dar acabamento



Profissional: Angélica Shigihara. AATERGS 001/0603
Arteterapeuta. Professora e supervisora do curso de formação em Arteterapia.
Presidente da AATERGS. Associação de Arteterapia do Rio Grande do Sul.

LOCAL: AMAHANAYOM. Rua Casemiro de Abreu 662
Bairro Rio Branco – Porto Alegre

Contatos e inscrições:
E-mail: angeshigihara@yahoo.com.br
http://arteterapiacreatividad.blogspot.com/

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Porto Sempre Alegre







Algumas fotos de Porto Alegre:



Vista da Cidade





Fundação Iberê Camargo


Vista aérea do Estádio Gigante da Beira Rio


Cais do Porto

FERNANDO PESSOA


XXI - Se Eu Pudesse


Se eu pudesse trincar a terra toda

E sentir-lhe um paladar,

Seria mais feliz um momento ...

Mas eu nem sempre quero ser feliz.

É preciso ser de vez em quando infeliz

Para se poder ser natural...

Nem tudo é dias de sol,

E a chuva, quando falta muito, pede-se.

Por isso tomo a infelicidade com a felicidade

Naturalmente, como quem não estranha

Que haja montanhas e planícies

E que haja rochedos e erva ...

O que é preciso é ser-se natural e calmo

Na felicidade ou na infelicidade,

Sentir como quem olha,

Pensar como quem anda,

E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,

E que o poente é belo e é bela a noite que fica...

Assim é e assim seja ...

O essencial é saber ver,

Saber ver sem estar a pensar,

Saber ver quando se vê,

E nem pensar quando se vê

Nem ver quando se pensa.

Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!),

Isso exige um estudo profundo,

Uma aprendizagem de desaprender...


Fernando Pessoa

quarta-feira, 2 de junho de 2010

UMA POESIA




Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta.
De sol quando acorda.
De flor quando ri.
Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede
Que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda.
Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça.
Lambuzando o queixo de sorvete.
Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher.
O tempo é outro.
E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende
De ver.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus.
De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.
Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis.
Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo
Chinelo.
Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso.
Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de
Natal do tempo em queA gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.
Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas
Que conseguimos acender na Terra.
Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza.
Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria.
Recebendo um buquê de carinhos.
Abraçando um filhote de urso panda.
Tocando com os olhos os olhos da paz.
Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra
No nosso coração.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo que a gente não largava.
Do acalanto que o silêncio canta.
De passeio no jardim.
Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume
Que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo.
Corre em outras veias.
Pulsa em outro lugar.
Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está
Conosco,
Juntinho ao nosso lado.
E a gente ri grande que nem menino arteiro.
Tem gente como você que nem percebe como tem a alma
Perfumada!
E que esse perfume é dom de Deus.
Carlos Drummond de Andrade

VIDAS DO FORA habitantes do silencio


VIDAS DO FORA habitantes do silencio
PROGRAMA
DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM PSICOLOGIA SOCIAL E INSTITUCIONALRamiro Barcelos, 2600 – Térreo – Sala 13
PORTO ALEGRE
Fone: 3308.5149e-mail: ppgpsi@ufrgs.brwww.ufrgs/ppgpsi.br
Participa: Barbara Elisabeth Neubarth AATERGS 023/1204

terça-feira, 1 de junho de 2010

Você é criativo?


Provamos por a+b que você já nasceu criativo
Será a capacidade de criar um dom inato? Se for, e você não o tiver, está condenado a morrer assim? Se você acredita nisso, prepare-se para mudar de paradigma!
Para saber se alguém é criativo, precisamos antes ter clareza sobre o que é criatividade. Veja algumas definições, coletadas em livros diversos:
Capacidade de elaborar teorias científicas, inventar instrumentos e/ou aparelhos, ou produzir obras de arte;
A capacidade de produzir coisas novas e valiosas;
A capacidade de desestruturar a realidade e reestruturá-la de outras maneiras;
O ato de unir duas coisas que nunca haviam estado unidas e tirar daí uma terceira coisa;
Uma técnica de resolver problemas;
Uma capacidade inata que é bloqueada por influências culturais e ambientais.
Aqui adotamos uma definição diferente e subjetiva de criatividade: uma pessoa cria quando concebe em sua mente algo que nunca viu, ouviu ou sentiu antes. Essa definição ignora o fato de a criação ser útil ou não para algum propósito ou para resolver algum problema. Mas é importante distinguir esses dois tipos de criatividade; ao primeiro chamamos criatividade pura, e ao segundo, criatividade aplicada.
A criatividade pura é um ato mental, que consiste em última análise da capacidade de combinar sons e imagens de forma subjetivamente nova, independentemente de qualquer conexão lógica com o mundo exterior. Essa definição de criatividade desloca os aspectos novidade e originalidade, beleza, utilidade, veracidade, viabilidade e implementação para um segundo momento; criar é um ato pessoal e subjetivo, a criatividade pura vem antes da aplicada. Criações não têm necessariamente que servir para alguma coisa, como solucionar um problema, dar retorno financeiro, serem maravilhosas e belas, nada disso.
Assim, se você imagina sua cabeça fora do corpo, e o faz de uma forma que nunca fez antes (não é uma lembrança), você está criando. Estará também criando nas seguintes situações:
Combinar letras para inventar uma palavra;
Combinar duas ou mais imagens para formar uma nova (imagine um jacaré comendo um tomate);
Segmentar uma imagem em formas novas ou de uma forma nova (imagine um triângulo azul e separe-o em lados e interior);
Distorcer uma imagem (imagine seus olhos inchando e saindo das órbitas oculares);
Ver uma imagem sob outra perspectiva, um diferente "ângulo de câmera" (veja seus olhos inchando de frente e depois de lado);
Combinar algumas notas musicais para formar uma melodia nunca antes ouvida;
Combinar palavras para formar uma nova frase.
Imaginar a si mesmo executando comportamentos novos.
Já a criatividade aplicada consiste tipicamente em elaborar operações que conduzem de uma situação a outra, seja de uma situação-problema para uma solução ou, mais genericamente, elaborar comportamentos que modificam uma situação percebida para uma desejada. A criatividade aplicada em geral está associada à observação de regras, padrões e limites, como:
construir frases com significado e estrutura (sintaxe);
construir melodias harmônicas e rítmicas;
observar preferências pessoais (gostos, combinações).
observar valores éticos e morais;
seguir estilos (no caso de imagens, impressionista, realista);
usar recursos disponíveis.
A criatividade aplicada tipicamente é treinável; veja por exemplo uma estratégia geral para gerar idéias diferentes na matéria
A técnica do estímulo aleatório.
Podemos concluir que, uma vez que todos nós, humanos, temos a capacidade de processar imagens e sons de formas variadas na mente, todos nós temos a capacidade da criatividade pura. Você é criativo por definição, por construção. E quanto às criatividades aplicadas, temos aquelas para as quais nos preparamos, em termos de conhecimentos e habilidades. Um exemplo de criatividade aplicada muito desenvolvida na nossa cultura é a lingüística; todos praticamos desde criancinhas a combinação de palavras, usando regras, para atingir objetivos do tipo comunicar idéias e influenciar pessoas para conseguir o que queremos.
Sendo potencialmente criativos, talvez as únicas coisas que nos impeçam de criar mais sejam não acreditar nessa possibilidade ou simplesmente não ter um motivo para fazer isso. Ou desejo.

Virgílio Vasconcelos Vilela